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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

BrewDog Bar em São Paulo e o desprezo dos seus criadores pela cerveja industrial


Nascido numa vaquinha virtual (crowdfunding) em 2007 na Escócia e adotando o lema "equity for punks", algo tipo "sociedade comercial para os punks", chega ao Brasil o BrewDog Bar, inaugurado dia 22/1/2014 na Rua dos Coropés em Pinheiros, São Paulo/SP. O colunista da Folha Sady Homrich conta melhor a história desse empreendimento que fabrica e vende cerveja artesanal acompanhado de cachorro-quente, leia lá: Igualdade para os punks.

Apesar de funcionar em uma antiga oficina mecânica, a primeira filial brasileira não precisou convocar um crowdfunding, segundo o Estadão - O copo de BrewDog mais fresco da cidade (em 16/1/2014) - tem como sócios Gilberto Tarantino, da Tarantino Multibeer, e Paulo Bitelman, também sócio do restaurante Le Jazz.

Segue no Estadão: são 22 torneiras de chope com rótulos da Brew Dog e de convidadas. A primeira delas é a WayDog, session pale ale feita pela cervejaria brasileira Way Beer para a casa - uma cerveja refrescante, frisante, para tomar bastante, R$ 9, 237 ml - e está confirmada a Colorado Titãs em barril. Da BrewDog, além de rótulos como Punk IPA e 5A.M. Saint (ambos (R$ 18, 237 ml), tem a Tokyo (R$ 29, 19 ml), imperial stout envelhecida em barris de uísque, e a Abstrakt AB:14 (R$ 34, 190 ml), de trigo, envelhecida em carvalho.

Raphael Rodrigues do All Beers, primeiro blog com acesso total às instalações, foi na inauguração, um evento fechado para blogueiros e imprensa e publicou algumas fotos: BrewDog Bar São Paulo fotos da festa de inauguração.


BrewDog Bars - legenda em português from BrewDog São Paulo on Vimeo.


Filosofia dos criadores: "Desprezo pelo mercado de massa de cerveja"

Quase dois anos antes, em 27/1/2012, o jornal Valor publicou esta matéria - Cervejeiro punk é contra a pielsen genérica - assinada pela repórter Angela Klinke, pra arrepiar qualquer consumidor fiel da cerveja industrial. "Desprezo pelo mercado de massa de cerveja" é a mensagem dos criadores da cervejaria artesanal BrewDog, Martin Dickie e James Watt. Tudo porque a cerveja deles é punk. Enquanto os pubs britânicos estão em decadência, a rede BrewDog cresce com clamor popular.

Naquele ano, um dos fundadores da empresa, o jovem James Watt, chegava ao Brasil para fechar o acordo que vai viabilizar o primeiro bar do grupo fora do Reino Unido, em São Paulo. A reportagem dizia ainda que os produto BrewDog figuravam em supermercados como o Tesco e até nas cartas dos melhores restaurantes do mundo como o Noma, em Copenhagen, e o DOM, em São Paulo. A empresa, como afirma o jovem escocês, foi criada tendo "o mesmo desprezo pelo mercado de massa de cerveja que os punks originais tinham pela cultura pop".

Ainda segundo o Valor, as campanhas de marketing que a marca faz na rede social é agressiva. "É a revolução da cerveja artesanal", evangeliza Watt. Ele e Dickie jogam boliche para quebrar garrafas de Budweiser ou se vestem de Darth Vader para espatifar com o sabre de luz as long necks Stella Artois. Será que farão o mesmo com Brahma, Skol, Schin e as cervejas aguadas populares por aqui?

"Queremos mudar a cultura monótona de beber cerveja. Por isso, fazemos bebidas inovadoras, progressistas e cheias de sabor", disse Watt para a matéria. O mestre cervejeiro da Brew Dog, Stewart Bowman, garantia que usava 25 vezes mais lúpulo em suas criações que as "genéricas" do mercado. "We bloody love hops!" (amamos lúpulo mesmo!).


Hardcore IPA from BrewDog on Vimeo.

"Beba menos, mas beba melhor", pregava Watt e Dickie. No Brasil, na época da reportagem uma long neck da marca custava em torno de R$ 15. O discurso antipilsen deu resultado para o crowdfunding. Em junho de 2011, eles colocaram à venda uma cota de ações, não listada em bolsa, para ser vendida on-line. O processo, todo auditado, ganhou destaque nas principais publicações de economia britânicas, incluindo o "Financial Times", quando foi batizado de "Equity for Punks". Até janeiro de 2012, o esquema atraiu seis mil acionistas e captou 2,2 milhões de libras. Tudo isso para ajudar a BrewDog a construir uma fábrica ecológica em Aberdeen que iria quintuplicar sua capacidade para 500 mil hectolitros e ainda permitir a abertura de novos bares.

A contrapartida, elemento importante para qualquer financiamento coletivo, para os acionistas vai de descontos eternos no bares até acesso privilegiado a edições especiais das cervejas. Eles também podem dar pitacos via internet nas decisões da empresa. " Todo nosso esforço é para estar cada vez mais perto de quem consome nossas cervejas.", diz Watt. O blog oficial da BrewDog é atualizado constantemente com vídeos debochados apresentados por Watt e Dickie que chegam a 300 mil acessos por mês.

Em 2012 a cervejaria exportava 55% de sua produção para 27 países, mas com a ampliação da fábrica esse percentual iria crescer. O Brasil estava em sétimo lugar no ranking dos principais compradores. Foi esse desempenho e a percepção do desenvolvimento do consumo local de cerveja artesanal que fez com que Watt convidasse Tarantino para ser sócio no primeiro bar BrewDog brasileiro. No Reino Unido, a empresa é dona de todas as unidades. Só que enquanto um bar lá custa em torno de 100 mil libras, aqui o investimento deveria ser de R$ 1 milhão.

O lema do bar BrewDog é "No Tennents (marca tradicional), no Carling (outro rótulo de massa), no Smirnoff, no televisions." Segundo o Valor,  James Watt chegaria ao Rio, pegaria um churrasco com brejas na companhia de um grupo carioca de cervejeiros artesanais. Provocado se um empresário punk não ia sofrer com o provável sambinha brasileiro, Watt respondeu: qualquer música combina com nossas cervejas. Bossa Nova e 'Punk IPA' pode ser incrível".  Depois, completou: dá última vez que estávamos misturando uns ingredientes rolava 'Pantera', 'Black Label Society' e 'Down & Deftones'".

BrewDog Bar São Paulo
Rua Coropé, 41, Pinheiros, São Paulo/SP.
@BrewDogSaoPaulo - 432 seguidores, Fanpage - 6.795 fãs, Instagram - 827 seguidores.

Um comentário:

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